21/06/2011

Capítulo II - Parte I - CAPITÃO JOÃO JOSÉ DA FONTOURA PALMEIRO E SUA DESCENDÊNCIA

Capítulo II

Capitão João José da Fontoura Palmeiro e sua descendência



O capitão João José da Fontoura Palmeiro * em Santo Antonio da Patrulha entre 1804 e 1807 (entre os irmãos Maria Herculana e Luiz José), + depois de novembro de 1854

O site abaixo diz ter ele nascido em 1804:

Como de seu pai, também sobre ele só temos dados biográficos reduzidos.As vezes pai e filho são confundidos por causa do nome.Pode ser que novas pesquisas possam fornecer mais elementos sobre a vida de ambos. Foi o primeiro presidente da Câmara Municipal de São Borja, na sua elevação à Vila em 1834, e é um dos Patronos Históricos Comunais de São Borja. Foi capitão da Guarda Nacional. Mas qual era a sua profissão realmente? Fazendeiro?

Cláudio Orandi Rodrigues, em “São Borja e sua História”, menciona a eleição de João José da Fontoura Palmeiro como presidente da Câmara Municipal de São Borja: “Por resolução do Governador da Província, Dr. Manuel Antônio Galvão, datada de 11 de março de 1833, São Borja foi desmembrada do Município de Rio Pardo. A 4 de abril de 1834 era juramentado na Câmara Municipal daquela Vila o vereador eleito presidente da Câmara Municipal de São Borja, João José da Fontoura Palmeiro e, a 21 de maio desse ano, instalada a Vila em Termo Municipal” (p. 87) (o autor transcreve a seguir a Ata de Instalação e Posse). Para fazer frente às despesas da Câmara, os Vereadores se cotizaram e fizeram um empréstimo, entregando ao Sr. Procurador que lhes deu um recibo sem prazo e sem juros. Foi nomeada comissão para formalizar as posturas urbanas (...). Foi abolido o Tronco que existia na prisão civil e nomeado mais um fiscal (....) Solicitaram ao Tenente Francisco de Assis Chagas um plano para o arruamento da Vila, e ao Governo da Provincia uma aula de primeiras letras e a formação de um novo cemitério fora do templo (...). Esta Câmara continuou seus trabalhos até 22/07/1836, suspendendo suas atividades em virtude da Guerra Farroupilha. Reabriu suas atividades em 2 de maio de 1838, já sob a égide da República Rio-Grandense”(pp.87-89).

A primeira Câmara de Vereadores de São Borja era composta dos cidadãos João José da Fontoura Palmeiro, presidente, Francisco Borges do Canto, Luis Antonio de Azevedo, Manuel dos Santos Loureiro, Manuel José da Silva Pereira, Fabiano Pires de Almeida e Antonio Caetano de Araújo.

Transcrevemos abaixo um curioso documento (do Livro de Registro de Imóveis) , referente aos bens de seus filhos. Agradecemos a transcrição feita do texto original, de leitura impossível para os não especialistas, pelo dr. Attila A. Cruz Machado, do Colégio Brasileiro de Genealogia:

“Por João Jose da Fontoura Palmeiro, como Tutor de //
seus filhos João e Amâncio, me foi dada a desi- //
gnação das seguintes terras que possuem seus //
pupillos pela forma seguinte. Uma Sisma- //
ria de Campo situada no Districto d´esta Fre- //
guezia no lugar denominado Jacuhy, constan- //
do mais ou menos uma legoa de frente, trez //
de fundo, com as seguintes confrontações. Pelo//
Sul com o arroio Jacuhy, dividindo Campo //
De DAnna de Quadros e seus herdeiros, e //
Evaristo de Mattos, pelo Norte com o Capi- //
tão Manoel Pereira de Escobar, Saturnino //
Aquino, Lourenço Roiz [Rodrigues] e os herdeiros do fi- //
nado Tenente Manoel Ribº [Ribeiro] sendo pela Co- //
xilha geral, estrada velha,  pelo Oeste com //
o mesmo Escobar por um arroio que sai da //
Coxilha geral, e tem a sua foz no Jacuhy //
pelo Leste com o dito Jacuhy, uma aça- //
nhada [algo do tamanho inferior ao habitual], e uma vertente que sai da
                                                                                                  Coxi- //
lha e estrada geral, dividindo Campços de //
Ignácio Antonio, e o Ajudante Antonio //
Teixeira, cuja Sesmaria de Campo foi conce- //
dida ao finado Floriano Maxado Fagundes //
a trinta de Outubro de mil oito centos e vinte, //
em Campos já possuídos pelo Tenente Coro- //
nel João Antonio da Silveira, cuja posse //
foi vendida ao referido Sesmeiro no an- //
no de mil oito centos e douze, e obteve a car- //
ta de Sesmaria no referido anno de mil //
oito centos e vinte. Desde seu ante possui- //
dor sempre foi occupada e cultivada com //
[verso]
habitação permanente, tendo n´elles estabel- //
cimentos, digo estabelecido o dito Sesmeiro ú- //
ma fazenda de criar com cazas e bem fei- //
tórias, rezedindo sempre n´ella. Falleceo o //
dito Sesmeiro no anno de mil oito centos, e qua- //
renta e oito, e sua molher no anno de mil //
oito centos de quarente e nove. Nas parttilhas //
que se fez de seus, que se achão julgados //
por Sentença, tocou a referida Sesmaria de //
Campo com suas bem feitorias aos actuaes pos- //
suidores netos e herdeiros do dito Sesmeiro, //
porem a referida Sesmaria não fi medi- //
da, nem demarcada, e nem confirmada. //
Fregª [Freguezia] de Itaqui 6 de Novembro de 1894 = //
Está conforme ao seu original, que fica registrado //
A fl. 1ª do Livro de registro, e ...[?] e nume- //
rado sob o nº 1 Itaqui 12 de Novembro de //
1854. //
o Parocho Joze Coriolano de Souza Passos.”

Sobre a herança de Floriano Machado Fagundes trataremos ainda abaixo.

X em São Borja a 12 de maio de 1836 (Livro de casamentos da paróquia de S. Borja 1-2, fl.64) com Maria Leopoldina da Encarnação
* São Borja ..., + 1848, filha de Floriano Machado Fagundes e de Feliciana Joaquina da Encarnação.

Filhos:

1. João Machado Palmeiro
*em Itaqui onde + com 22 anos.
Foi dono da fazenda Taquarembó. Esteve na França e na Suíça, na companhia de um escravo,  em busca de recursos médicos. Na França foi pintado um quadro, representando-o. Integrou, como vereador, o primeiro governo municipal de Itaqui (1859). Lembremos que a lei provincial nº 419, de 6 de dezembro de 1858, criou a vila de São Patrício de Itaqui. Tal lei foi efetivada a 30 de março de 1859.

2. Amâncio Machado Palmeiro (cf. abaixo)

______

NOTAS
______
        

Floriano Machado Fagundes


Maria Leopoldina da Encarnação era filha de Floriano Machado Fagundes, * em São José dos Pinhais, Paraná, (a 8 de maio de 1777) +  assassinado em sua Estância (sede da sesmaria) do Jacuí (distrito da Cruz, então município de São Borja, hoje Itaqui)  em abril de 1848.

Foi homem muito rico, teve morte trágica, inclusive com repercussão no relacionamento Brasil-Argentina, mas dele pouco se sabe. É importante para o ramo mais velho da família Palmeiro, que dele descende, tendo seu neto Amâncio Machado Palmeiro dele herdado avultada extensão de campo.

A data de seu nascimento, acima citada entre parênteses, vem de pesquisa no site dos mórmons, familysearch.org. Será confiável? Ao que parece existiram outros personagens com o mesmo nome por esta época, o que torna a identificação um pouco insegura. Teria, então, 71 anos ao ser assassinado. Quando e porque terá ido para o Rio Grande do Sul?

Tem suscitado ultimamente interesse, notadamente de alguns de seus descendentes pelo filho José Floriano Machado Fagundes (* cerca de 1809). Assim seu tetraneto, Prof. Paulo Corrêa dos Santos, historiador e genealogista itaquiense (autor de uma história de Itaqui: “Agenda 150 – Um passeio pelos carrilhões do tempo pretérito itaquiense”,Secretaria Municipal de Educação e Cultura, 2008)  tem feito valiosas pesquisas sobre seu antepassado e sua descendência, sendo autor de um estudo, que gentilmente nos forneceu. Por outro lado o trineto Newton Herculano Carneiro Pinto, de Porto Alegre, igualmente tem feito importantes pesquisas e promete um livro sobre seu antepassado. Ele mantém o blog “Carneiro Pinto & Floriano Machado Fagundes”: http://carneiropintoflorianomachadofagundes.blogspot.com/2009/06/sao-borja-e-itaqui.html. Outros genealogistas tem também tratado da ascendência de Floriano Machado Fagundes. É o caso de  Lênio Luiz Richa, presente na Internet com seu site “Genealogia Brasileira”  (cf. “Os Títulos Perdidos” – Machado Fagundes):
http://www.genealogiabrasileira.com/

Floriano Machado Fagundes é tratado por algumas fontes com o título de tenente, certamente título da Guarda Nacional.

Filho de Pedro Machado Fagundes, batizado em Curitiba, e que casou em São José dos Pinhais, Paraná, com Rosa ou Tereza Maria do Sacramento (* Congonhas ou Mariana, Paraná), esta, por sua vez, filha de Francisco Mendes Carneiro (* Ilha Terceira) e Josefa Maria da Conceição de Oliveira (* Conganhas), que foram para São José dos Pinhais; neta paterna de Nicolau Mendes e Brígida Machado; neta materna de Antônio Nunes de Siqueira e Beatriz da Costa (em Nunes Siqueiras)[ Informação de Henrique Fendrich, genealogista de Curitiba, consultando os maços populacionais de São José dos Pinhais e o Batch Number C683341: in Lenio Luiz Richa. Este informa que a filiação de Pedro Machado Fagundes pode ser confirmada também no livro de “Auxiliares da Companhia de Infantaria”, de São José dos Pinhais, de 1776, onde ele está, como “filho de João Machado Fagundes”].

Floriano Machado Fagundes era neto paterno de Antonio Machado Fagundes (* Santo Amaro, SP, + em julho de 1750) e de sua primeira esposa, com quem casou em 1739 em Curitiba, Antonia Cardoso de Pazes (+ 1749), filha de Frutuoso de Leão e Antonia do Prado de Siqueira. [Sempre informação do trabalho de Lenio Luiz Richa. São dele também os nomes dos bisavós e trisavôs].

Bisneto de Antonio Machão de Oliveira, paulista, dos primeiros descobridores de ouro em Cuiabá, em cujas minas faleceu em 1724, e de sua esposa (casamento em 1710 em Santo Amaro), Ana Maria de Siqueira, filha do capitão Roque Furtado Simões e sua segunda mulher, Maria Álvares de Siqueira (em Furtados) (DB.274, SL. 7.136 e 8.478/9).

Trineto de Agostinho Machado Fagundes, batizado em 1642 em Santa Luzia, Ilha de São Miguel (+ 1718) e de sua primeira esposa (casamento em SP por volta de 1670), Genebra Leitão de Vasconcelos, batizada em 1649 em São Paulo (+ 1691 em Mogi das Cruzes), filha de Domingos de Oliveira Leitão e Ana da Cunha (em Oliveiras Leitões) (AS.2.158, 3.200, 10.219, BGB.10.9, 51, DB.274, SL.7.126).

Tataraneto de João Machado Fagundes, nascido em Santa Bárbara das Nove Ribeiras, bispado de Angra, senhor do Morgado da Praia, na Ilha Terceira, e de Maria de Cárdenas (Cardines, em Taques e SL) ou de Souza Preto, nascida na Ilha Terceira.

Quinto neto do capitão Antão Martins Fagundes (este do Cap. Antonio Martins Fagundes e Bárbara Dias Vieira Machado) e Catarina Martins, neta materna de Manoel Rodrigues Preto e Luiza de Castro.

Foi-lhe doada, a  seu pedido, a 21 de janeiro de 1809, a sesmaria  do Jacuí (uma legua de largo e três de comprido: 27.3888.531 braças, o que equivale   a três leguas?), no que é hoje o município de Itaqui, doação esta  confirmada em 26 de outubro de 1820, tendo por base a  carta régia de 20 de janeiro de 1699. Tal terra foi registrada em Rio Pardo, a 21 de dezembro de 1820.

Notícia desta doação consta da obra de Hemeterio José Velloso da Silveira, natural de Pernambuco , ex-magistrado e advogado na cidade de Porto Alegre, “As Missões Orientais e seus antigos domínios” (Porto Alegre, Typographia da Livraria Universal de Carlos Echenique, 1909), um pouco obra histórica, um pouco reportagem (recordações de viagens).Falando sobre São Borja, nota qe “logo depois da conquista foram seus primeiros povoadores, por concessão do comandante geral das Missões, os seguintes: José Borges do Canto e seus treze companheiros da conquista”,de vários deles dando o nome a seguir. E prossegue: “Além desses e afastados da margem do Uruguai, também obtiveram campos Floriano Machado Fagundes (uma sesmaria entre o arroio Taquarembó e rio Cambaçoa)”, prosseguindo numa longa lista (p. 310). E conclui com uma observação interessante: “As grandes estâncias, que aí se formaram, cada um de per si bastante para constituir uma fortuna real e sólida, já estavam muito divididas, calculando em 1855, época de nossa primeira viagem, que o Rincão de Cambacoá não teria então menos de oitenta estabelecimentos de crear, desde o de mais de três legoas quadradas até a de uma legoa. Hoje (1909) esses estabelecimentos avultam em mais do triplo, já não havendo uma só fazenda com a extensão de uma sesmaria” (p. 311).

X em 1805? em São Borja (Rio Pardo, diz Richa) com Feliciana Joaquina da Encarnação (Feliciana Machado) * Rio Pardo, c. 1800 [Nasceu em Rio Pardo por volta de 1800: informação do genealogista Diego de Leão  Pufal. Mas aí ela não poderia ter casado em 1805, como dissemos acima, baseados em Lênio Luiz Richa][outras fontes, diz o Prof. Paulo Corrêa dos Santos, dizem ter nascido em Florianópolis, antiga Desterro, Santa Catarina – fonte: Mitologos] filha do capitão Manoel José Machado (* Rio Grande, + Rio de Janeiro a 9 de julho de 1803) e de Maria Antonia da Encarnação (* Rio Pardo). Era neta paterna de Thomé Machado Ourique (* cerca de 1710, Freguesia de São Pedro dos Biscoitos, Ilha Terceira, Açores, o qual veio para Desterro, Santa Catarina, onde foi um dos primeiros vereadores) e de Maria de Jesus (* cerca de 1715 na mesma freguesia do marido); neta materna de Manoel Francisco da Silveira (* Freguesia de São Mateus, Ilha Terceira) e de Isabel Francisca de São Francisco (* Freguesia de Nossa Senhora da Ajuda de Padre Miguel, Ilha do Faial). Era bisneta, respectivamente, de Manuel Fernandes Ourique e de Francisca da Conceição; de João Gonçalves Godinho e de Maria Nunes; de João da Silveira de Quadros e de Maria de Ávila, as vezes, da Piedade; e de Antônio da Rosa e Águeda de Santo Antonio[ Informações todas do genealogista Diego de Leão Pufal]

Paulo Corrêa dos Santos, que vimos citando, num trabalho inédito que nos forneceu, levanta a hipótese de que Floriano Machado Fagundes tenha sido oficial de algum regimento de São José dos Pinhais, migrando para o Rio Grande do Sul a serviço, aqui recebendo do governo português a concessão de terras. Transcreve, a propósito, um registro:

NOME DOS CONCESSIONÁRIOS: Floriano Machado Fagundes
EXTENSÃO DE FRENTE LEGUAS: 1
EXTENSÃO DE FUNDOS LEGUAS: 3
CONFRONTAÇÕES: Campos na fronteira de Rio Pardo, além do rio Ibicuhy, que confrontam: ao Norte com terras de Antonio Pereira Escovar, ao Sul com as de Antonio Castanhos, a Leste com as do mesmo Castanhos e as de Manoel Ribeiro, a Oeste com o sesmeiro Manoel Peres. Esses campos principiam na forqueta, sua foz do arroio Jacuhy e arroio que separa os campos dos concessionários, os do referido Escovar e o banhado, onde principiam, até a vertente do arroio Itu, que segue para a Guarda da Cruz.

POR QUEM CONCEDIDAS: Manoel Marques de Souza, Joaquim Bernardino de Senna Ribeiro da Costa e Antonio José Rodrigues Ferreira. (Governo interino)
ANO: 1820

Sobre o episódio dramático em que morreu Floriano Machado Fagundes, temos o relato na obra de Raul Pont, Campos Realengos- Formação da fronteira sudoeste do Rio Grande do Sul (Editora Renascença, 2 vols.1983; uma 2ª edição foi publicada em 1986 pela Editora Edijal):

“Também no distrito de São Borja os castelhanos haviam atacado outra estância, assassinado o brasileiro Floriano Machado. O indiciado era um alferes correntino chamado Corazon de Jesus Cáceres, acompanhado de três soldados, cujo crime à época constituía uma história típica das bandas fronteiriças: os quatro se tinham conchavado em abril de 1848 na estância de Machado, como peões, ganhando oito pesos mensais. Certo dia as lidas campeiras foram interrompidas por se haverem os mesmos revoltado. Resolveram exigir do patrão os valores do ajuste do conchavo, pois resolveram voltar à Argentina. Foi difícil o acerto, o que levou a Fagundes, irritado, dizer-lhes que nada lhes devia, que poderiam sair quando quizessem mas que deixariam a tropilha de vinte de dois cavalos mansos e mais a égua-madrinha, que pertenciam aos quatro.

Sentindo-se injustiçados, os correntinos insultaram e ameaçaram a Fagundes e muito irritados se retiraram ao campo a fim de recolherem sua tropilha de cavalos. Quando mudavam e encilhavam seus cavalos, preparando-os para viajarem, retornou Fagundes, acompanhado de dois escravos armados com armas de fogo e acometeram contra os peões. Travou-se então uma luta corporal do que resultou a morte de Fagundes e um dos escravos. Quando isto sucedia apareceu no local da peleia a esposa de Fagundes com uma pistola carregada, vindo em defesa de seu marido. Um dos correntinos de nome Donato Godói atacou-a com um profundo golpe de adaga, cortando-a em um braço. Sentindo-se ferida,, a mulher se retirou para dentro das casas...

Esse mesmo Cáceres havia meses antes havia invadido a Ilha Grande, com gente armada (RÜDIGER, Sebalt – REFUGIADOS POLITICOS DO URUGUAI/1845, Correio do Povo- Agosto/1967).” (p. 48).
Este crime criou um conflito nas relações do Brasil e a Argentina, à época, tendo o Ministério da Justiça intervido para apaziguar os ânimos (site Genealogia Brasileira – Estado de São Paulo – Os Títulos Perdidos, Machados Fagundes, por Lênio Luiz Richa
http://www.genealogiabrasileira.com/, acessado a 26.12.2010)

A familia Palmeiro não conservou as informações acima, falando-se que Floriano teria sido morto por ladrões. A família, porém, conservou um detalhe acerca de dona Feliciana Joaquina, que Raul Pont ignora. Ela agarrou-se a uma imagem que possuía de Nossa Senhora. Os bandidos tentaram matá-la com um golpe de adaga ou facão, mas a cutilada não a atingiu, mas sim a mão direita da Santa, que ficou decepada. Os bandidos assustaram-se com isso e fugiram, de forma que dona Feliciana salvou a vida.

A preciosa imagem de madeira de Nossa Senhora (58 cm de altura, mais a base com três anjinhos de 13 cm) tem passado sempre para as mulheres da família. De d. Feliciana passou paa d. Luiza Lara Palmeiro, esposa de Amâncio Machado Palmeiro, neto de Floriano e herdeiro da Sesmaria do Jacuí. Depois coube à sua filha mais moça, Circe Lara Palmeiro. Morrendo solteira, a imagem passou para sua irmã, Cynira Palmeiro Cavalcanti. A nora desta última, Zilda Souza Cavalcanti, viúva de Fernando Palmeiro Cavalcanti, foi a nova herdeira. Enfim, com seu falecimento, a preciosa imagem passou para sua filha, Luiza Maria Cavalcanti Eichenberg, que é portanto a atual proprietária (ver foto adiante).

Relata no seu trabalho inédito o Prof. Paulo Corrêa dos Santos que o testamento de Floriano foi aberto em 1849, sendo seus herdeiros os netos João Machado Palmeiro e Amâncio Machado Palmeiro (que estava com 11 anos), filhos de Maria Leopoldina da Encarnação, e José Floriano Machado Fagundes (* c. 1839, + 1895) e Ismael Floriano Machado Fagundes (1841-1921), filhos de José Floriano Machado Fagundes (* c. 1809), também eles, portanto, ainda meninos. Também o citado filho José herda do pai.

Pela leitura do testamento podemos constatar que esse patriarca tinha algumas posses consideráveis. Havia muitos objetos pessoais em prata, acessórios de montaria, tudo em prata maciça, cuias, bombas, jóias em ouro, móveis. Além disso Floriano deixa mais de 5 mil reses, mais de mil e quinhentos eqüinos e muares, vinte escravos. Os bens em terras eram relevantes: 4 leguas de campos, uma estância denominada Salto, no Passo de La Cruz, mais uma légua da mesma estância com três lagoas, estância Cambai, morada na estância do Salto. O inventário foi aberto por seu filho José Floriano, na época o único vivo, pois Maria Leopoldina já era falecida e do terceiro filho, Manuel Machado Fagundes (batizado em 12 de fevereiro de 1807) não há nenhuma notícia, tendo possivelmente já falecido.

Publicamos aqui a relação dos bens deixados por Floriano Machado Fagundes, graças à cortezia do Prof. Paulo Corrêa dos Santos:

De: Barcelos Melo (barcelos.melo@hotmail.com)
Enviada: segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009 0:48:01
Para: prof Paulo (paulo_itaqui@hotmail.com)


INVENTÁRIO ANO 1849

JOSÉ FLORIANO MACHADO FAGUNDES ( INVENTARIANTE)
___DEFUNCTOS___
FLORIANO MACHADO FAGUNDES--------------
FELICIANA JOAQUINA DA ENCARNAÇAO---------

TÍTULO DOS HERDEIROS

- JOSÉ FLORIANO MACHADO FAGUNDES- INVENTARIANTE (FILHO)
MARIA LEOPOLDINA DA ENCARNAÇÃO (FILHA) ( FALECIDA), QUE FOI CASADA COM
JOÃO JOSÉ DA FONTOURA PALMEIRA DE CUJO MATRIMÔNIO FICARAM DOIS
FILHOS QUE REPRESENTARÃO SUA MÃE.
1- JOÃO
2- AMANCIO

CERTIDÃO

DOU FÉ Á JOÃO DA FONTOURA, PAI DOS NETOS DOS FINADOS.

MÓVEIS

HUM FAQUEIRO DE PRATA COM SEISCENTOS OITENTA TREZ OITAVOS,
DÉR LUTHERES DE PRATA,
HUMA FACA CABO DE PRATA,
TREZE COLHERES DE PRATA,
HUMA FACA COM CABO E BAINHA DE PRATA COM 48 OITAVOS, AVALIADA A DUZENTOS E QUARENTA REIS,
HUMA LOTHER DE PRATA
TREZ CUIA E BOMBA DE PRATA, TODAS NA QUANTIA DE TRINTA E OITO MIL REIS,
DOIS CASTIÇAS DE PRATA, DUZENTOS E QUARENTA REIS,
TREZ TESOURAS E TRES BANDEIJAS DE PRATA
HUM COPO DE PRATA TRINTA MIL RÉIS,
HUMA CAIXA DE PRATA,
HUM PAR DE ESPORAS DE SENHORA DE PRATA,
TREZE PESSAS DE PRATA,
HUM PAR DE ESTRIBOS DE PRATA,
HUM PAR DE RÉDEAS DE PRATA,
HUM PAR DE BUÇAIS DE PRATA,
HUM CHAPIADO DE PRATA
HUM PAR DE RÉDEAS DE PRATA,
HUM FREIO DE PRATA,
HUM PEITORAL DE PRATA,
HUM RABIRBO DE PRATA,
OUTRI FREIO DE PRATA,
VÁRIAS PEÇAS DE PRATA,
HUM GARFO DE PRATA,
HUM ARGOLÃO DE PRATA,
HUM PAR DE BRIMEN D PRATA,( ILEGÍVEL)
TRES BOTAES DE PRATA(ILEGÍVEL)
HUMA ALFINETE DE PRATA,
HUMA DE ROSETAS DE PRATA,
HUMA DE .....(ILEGÍVEL)
1 ANELAÕ DE PEDRAS, 6 MIL RÉS,
1 ANEL DE OURO,4 MIL RÉIS,
1 CORRENTE,
1 CORRENTE,
2 ROSÁRIOS DE OURO,
1 ROSÁRIO DE OURO E PEDRAS,
1 COLAR DE PEDRAS E OURO,
1 PAR DE BRINCOS DE OURO E PEDRAS,
1 ALFINETE DE OURO,
2 PARES DE BOTONS DE OURO,
1 TOUCADOR DE OURO,
1 CAMA DE ARMAÇÃO,
1 CAMA DE CASAL.
2 MEZAS PEQUENAS DE SALA,
1 SOFÁ,
1 RIALEIJO DE CORDA,

- EXISTEM MAIS DADOS ILEGÍVEIS.

SEMENTES

4446 REZES CHUCRAS,
220  REZES MANSAS,
900 BOIS MANSOS,
146 CAVALOS MANSOS,
80 ÉGUAS,
1030 ÉGUAS CHUCRAS,
300 MULAS.
10 ESCRAVOS,
10 ESCRAVAS,
ALGUNS COM DENOMINAÇÃO, OUTROS NÃO.

RAIZ

4 LÉGUAS CAMPOS ESTÂNCIA DENOMINADA SALTO, NORTE PERTO COXILHA GERAL,
PASSO DE LA CRUZ.
-1 LÉGUA, ESTANCIA DO SALTO C/ 3 LAGOAS.
-3 LÉGUAS DE CAMPO NA ESTANCIA DENOMINADA ( ACHO QUE É KAMBAY), PERTO LESTE CAMPOS DE
VICENTE ALVES.
-1 MORADA DE CASA ESTANCIA DO SALTO......................

PESQUISA: SENHORA CRIS BARCELLOS/PORTO ALEGRE/RS

(Nota Paulo Corrêa dos Santos que o acima citado Ismael Floriano Machado Fagundes – primo irmão de Amâncio Machado Palmeiro -  era considerado um dos homens mais ricos do município de Itaqui, mas seus filhos dilapidaram todo o patrimônio da família. Foi o mais rico fazendeiro de Itaqui e um dos maiores do Estado na época.Chegava a ter de 17 a 20 mil cabeças de gado em mais de três grandes fazendas no interior de Itaqui. Era um dos lideres do Partido Republicano no município. Newton Herculano confirma tais informações, dizendo em correspondência a nós dirigida que o citado Ismael era o maior contribuinte o Estado do Rio Grande do Sul até sua morte, por ter sido o maior o maior estancieiro em terras e criador e também de várias culturas).

(Clique para ampliar)

CRONOLOGIA

 
Rio Pardo, às margens do rio Jacuí, é um dos quatro municípios mais antigos do Rio Grande do Sul e de grande importância histórica. Nos séculos XVII e  XVIII, compreendia quase 157 mil quilômetros quadrados, mais da metade do território sul-rio-grandense. O município de Rio Pardo deu origem a mais de 200 outros, entre os quais São Borja e Itaqui.

1682 – Fundação de São Borja pelo Padre Francisco Garcia de Prada, jesuíta. Foi o primeiro dos chamados Sete Povos na segunda fase das Missões Orientais do Uruguai.

1687 – São Borja passa a ter livros próprios de assentamentos, deixando de ser considerada apenas um posto avançado da Redução de Santo Tomé.

13 de janeiro de 1750 – Tratado e Madri entre Portugal e Espanha. As reduções e suas estâncias passam a  ser administradas por Buenos Aires.

1756 – Derrotado o chamado império teocrático jesuítico pelas forças coligadas de Portugal e  Espanha na Guerra Guaranítica.

2 de agosto de 1801 – O território das reduções passa ao domínio de Portugal, conquista atribuída a José Borges do Canto, soldado desertor do Regimento de Dragões de Rio Pardo. Ele tem o apoio e participação de estancieiros da região, soldados e campeiros portugueses.
           
Mesmo 1801 – Chega ao Brasil João José Palmeiro (27 anos). Passa da Marinha (2º tenente) ao Exército (será Capitão dos Dragões).

1802 – Casa João José Palmeiro na Povoação do Norte com Maria Josefa da Fontoura.

Idem – Tem inicio o processo de concessões de sesmarias em Itaqui.

1803 - Nasce no Rio Grande de São Pedro Maria Herculana da Fontoura Palmeiro, filha mais velha de João José Palmeiro.

Entre 1804 e 1805 – Nasce em Santo Antonio da Patrulha João José da Fontoura Palmeiro. Seguem-se os nascimentos de outros filhos, até José Maria a 22 de abril de 1821.

1807 – Criada a Capitania de São Pedro.

7 de outubro de 1809 – Os Sete Povos das Missões incorporados ao
Termo de Rio Pardo por Provisão Provincial. Por decreto real de D. João VI, Rio Pardo é elevada à categoria de cidade.

Mesmo 1809 – Floriano Machado Fagundes recebe em doação a Sesmaria do Jacuí.

1812 – Correspondência de Dom Diogo de Souza, por ocasião da invasão de José Artigas, com o então sargento mor João José Palmeiro, que comandava um Destacamento do Regimento de Dragões de Rio Pardo no Registro de Santa Vitória, sito à margem esquerda do Rio Pelotas, entre Vacaria e Lajes, pedindo que fizesse marchar os Milicianos das duas Companhias de Cima da Serra e Vacaria para a Fronteira, onde eram sumamente precisos.

8 de maio de 1816 – São Borja elevada à categoria de Freguesia.

Setembro de 1816 – Andresito Artigas(Andrés Guazurary) um renegado índio guarani missioneiro, cruza o rio Uruguai e invade no mês de setembro o Brasil, por Itaqui, num plano de reanexação dessa região aos espanhóis. É repelido. A guerra entre luso-brasileiros e espanhóis dura até 1819, quando Andresito é aprisionado e mandado para a prisão na ilha das Cobras, no Rio de Janeiro.


3 de dezembro de 1819 – São Borja passa a ser sede de Comarca Eclesiástica

1820 – Confirmada a doação da Sesmaria de Floriano Machado Fagundes.

Janeiro de 1822 – João José Palmeiro está em São Paulo e cede gratuitamente 50 muares à Junta de Governo de São Paulo para carregares nestes animais a bagagem das tropas que vão reforçar a guarnição do Rio de Janeiro, a pedido do Príncipe Regente Dom Pedro de Alcântara.

6 de outubro de 1822 – João José Palmeiro chega a Porto Alegre com a notícia oficial da Independência a 7 de setembro e instruções para a aclamação do Imperador. É carregado na rua pelo povo, junto com um sobrinho de Francisco Xavier Fernandes, que tinha chegado dia 4 com uma primeira informação.

1823-1826 – João José Palmeiro Comandante das Missões (seria já coronel?), com sede em São Borja desde 1823.

1825 – João José Palmeiro recebe em São Borja uma colônia de alemães, de acordo com o governador da Província, Fernando Pinheiro. A experiência vai fracassar.

1828 – João José Palmeiro é comandante do 24º Corpo de Milícias, quando da invasão de Frutuoso Rivera, caudilho uruguaio. Este Corpo de Milícias é constituído por indios guaranis. Não tendo condições de resistir, vai para Cruz Alta. Os índios seguem Frutuoso Rivera, abandonando o território brasileiro, com o despovoamento completo dos Sete Povos. Daí ser esta um pouco a última página das Missões. A invasão começa em abril e vai até janeiro de 1829.

1830 – Morre em Porto Alegre o coronel João José Palmeiro (56 anos).

17 de março de 1831 - Morre em Porto Alegre Maria Herculana, com 28 anos, filha mais velha do coronel João José, a qual tinha casado com o argentino don Leandro Artayeta

11 de março de 1833 – Por Resolução Imperial São Borja passa a ser Vila (no período imperial a categoria de vila era equivalente a de  município atualmente). As funções legislativas eram de competência da Câmara dos Vereadores, cujo presidente, eleito anualmente, exercia ao mesmo tempo o poder executivo.

11 de abril? do mesmo ano – Por Resolução do Governador da Província, Manuel Antonio Galvão, São Borja desmembrado do município de Rio Pardo.

Id. – Através de eleições regulares São Borja elege sua primeira Câmara Municipal.

4 de abril de 1834 – João José da Fontoura Palmeiro é eleito primeiro presidente da Câmara Municipal de São Borja, exercendo o cargo até 1836.

21 de maio de 1834 – Assinado o Termo Municipal de Instalação de São Borja.

20 de setembro de 1835 – 1º março de 1845 – Revolução Farroupilha.

1836 – Maria Josefa da Fontoura Palmeiro por ocasião da Revolução Farroupilha sofre constrangimentos por seu apoio (e de suas filhas) ao movimento.

ainda em 1836     – Casa em São Borja João José da Fontoura Palmeiro com Maria Leopoldina da Encarnação, filha de Floriano Machado Fagundes.

23 de dezembro de 1837 – Lei provincial eleva Itaqui à condição de freguesia (era primitivamente, depois da conquista das Missões, uma guarda militar).

1838 – Maria Josefa da Fontoura Palmeiro é obrigada a deixar Porto Alegre, tendo em vista seu apoio à Revolução Farroupilha.

Id.    – Nasce em Itaqui Amâncio Machado Palmeiro  (seu irmão mais velho, João, tinha também ali nascido).

1846 – São Borja passa à Freguesia.

1847 – Nasce em Porto Alegre Luiza Lara Palmeiro, filha do major Luiz José da Fontoura Palmeiro.

1848 – Morre assassinado em sua estância em Itaqui Floriano Machado Fagundes.

Id.     – Morre Maria Leopoldina da Encarnação, esposa de João José da Fontoura Palmeiro.

1849 – Morre a viúva de Floriano Machado Fagundes, Feliciana Joaquina da Encarnação.

1850 – São Borja passa à sede de Comarca.

1850 – Correspondência diplomática tratando do assassinato de Floriano Machado Fagundes.

Id.     – Amâncio Machado Palmeiro (com 12 anos) é investido da propriedade da Sesmaria de seu avô materno, que lhe coube por testamento.

1854 – João José da Fontoura Palmeiro, como tutor, designa as terras herdadas por seus filhos.

6 de dezembro de 1858 – Criada a vila de São Patrício de Itaqui (a lei será efetivada a 30 de março de 1859) e como tal separada do município de São Borja.

1859 – João Machado Palmeiro integra o primeiro governo municipal de Itaqui.

1864 – Registrada em Itaqui (após ter ficado independente de Rio Pardo) a sesmaria de Amâncio, recebida do avô, Floriano (26 anos).

Junho de 1865 – Invasão paraguaia de São Borja. Vai até setembro (retomada de Uruguaiana).

26 e 27 de setembro de 1865 – D. Pedro II em Itaqui e São Borja (por ocasião da retomada de Uruguaiana).

Id. – Nasce Geraldo, filho natural de Amâncio Machado Palmeiro.

1866 – Itaqui recebe uma flotilha da Marinha de Guerra (Flotilha doAlto Uruguai), que vai incrementar o progresso da cidade.

1867 – Saldanha da Gama casa com uma itaquiense

1868 –Amâncio Machado Palmeiro casa em Porto Alegre com sua prima irmã Luiza Lara Palmeiro.

1870 – Nasce Pedro, filho mais velho de Amâncio e Luiza. Seguem outros nascimentos.

1872/1874 – Comandante da Flotilha em Itaqui o capitão-tenente Estanislau Prezewodowski – famoso incidendente com Alvear.

3 de maio de 1879 – Lei provincial eleva Itaqui à condição de cidade.

1882 – Construído o paço municipal de Itaqui.

1883 – Amâncio Machado Palmeiro vereador em Itaqui – 15º governo municipal, que vai libertar os escravos do município.

1886 – Construído o Teatro Prezewodowski, motivo para desenvolvimento cultural de Itaqui.

1887 – São Borja recebe o título honorífico de cidade. A população urbana era de 3.360 pessoas.

1889 – Com a proclamação da República começa a dominar a vida política em Itaqui o Partido Republicano, de Júlio de Castilhos

1893 – Revolução Federalista. Amâncio simpático aos federalistas e a Gumercindo Saraiva.

1900 – Morre no Rio de Janeiro Amâncio Machado Palmeiro (62 anos).

1906 – Dissolvida a Flotilha do Alto Uruguai, em Itaqui.

1918 – Morre em Porto Alegre Luiza Lara Palmeiro (50 anos).




A imagem de Nossa Senhora que protegeu a vida de Feliciana Joaquina da Encarnação, esposa de Floriano Machado Fagundes.Continua venerada por sua descendência.


Amâncio Machado Palmeiro


Amâncio Machado Palmeiro, filho do capitão João José da Fontoura Palmeiro, *  em Itaqui a 18 de maio de 1838 e  + no  Rio de Janeiro a 24 de junho de 1900, com 62 anos, em conseqüência de uma queda do cavalo, tendo sofrido uma fratura.

Fazendeiro. Herdou a sesmaria do Jacuí de seu avô materno, Floriano Machado Fagundes, sendo investido na propriedade em 18 de setembro de 1850, com título de conformidade de 30 de janeiro de 1854. Registro deste campo foi feito em Itaqui, após ficar independente de Rio Pardo, a 5 de dezembro de 1864.  Passou ao neto Amâncio Machado Palmeiro em 1873 (medição julgada a 5 de setembro de 1873).  Ele recebeu o título de proprietário deste campo a 22 de agosto de 1874. O registro definitivo se processou após o seu falecimento, com o julgamento do seu inventário a 25 de junho de 1914.

Árvore de mais de cem anos na frente das casas da Estância Nova, a 15 km de Maçambará. À frente da  fazenda hoje está Celso Valle Palmeiro. Foto de Evandro Escobar Lope.


 A sede da sesmaria, então, tocou para os Cavalcanti;  Santa Clara para os Pinto Dias (era morada do posteiro), Fundo Grande para Vadico, Circe, Parmênio e Carlos, a Estância Nova para Manoel. A referida Estância Nova, retalho da sesmaria do Jacuí, era também um posto de vigilância. Amâncio Machado Palmeiro em mil oitocentos e oitenta e tantos construiu ou iniciou a construir o estabelecimento, que recebeu, na ocasião, o referido nome de Estância Nova. No local do galpão fez a “casa grande”, que no pórtico conservou por muitos anos a data de 1890. Sua área total em 1983 era de 4.340Ha46a14ca89ma (l légua), sendo que Manoel Palmeiro deixou 38 quadras.  Almir Palmeiro, ainda viva sua mãe, conseguiu ampliar a Estância Nova com mais 12 quadras.

Na obra acima citada de Hemeterio José Velloso da Silveira, “As Missões Orientais e seus antigos domínios”, encontra-se uma referência a Amâncio Machado Palmeiro. O autor observa: “Os campos do município de Itaqui são todos ocupados com a criação dos gados de todas as espécies, excetuando o cabrum e o suíno, alias proveitosos. Entre os estabelecimentos de indústria pecuária, são recomendáveis as estâncias dos coronéis Euclydes Aranha, Joaquim Nunes de Souza, Balbino Marques da Silva, Amâncio Palmeiro e outros, que tem procurado melhorar as raças dos bois, cavalos e ovelhas” (p. 492).

Um detalhe que não deixa de ser interessante: Manoelito d´Ornelas  conta várias transações ocorridas em Itaqui, colhida no Arquivo Público. Refere assim que Amâncio Palmeiro escriturava (em data não mencionada) a Ismael Floriano Machado [seu primo irmão, filho de José Floriano Machado Fagundes]. Hà também a informação de que o mesmo Ismael Floriano Machado vendeu ao cel. Domingos Correia em 21 de janeiro de 1862, uma porção de campo pelo preço de dois contos de reis ] um quarto de légua de sesmaria, no 1º Distrito de Itaqui, pela importância de um conto de réis. Raul Pont, em “Campos Realengos” (p. 510) transcreve estas informações.


Teria sido vereador em Itaqui no 15º govêrno municipal (1883). Não teve atuação política, mas na Revolução de 1893 teria sido simpático aos Federalistas. Há uma tradição familiar de que Gomercindo Saraiva teria morrido (a 10 de agosto de 1894) num cavalo branco que lhe foi mandado por Amâncio. Jesus Pahim em sua obra “Itaqui, o portal do Rio Grande”(1o vol., Itaqui 2003) falando  do 15o governo municipal conta que antecipando-se em quatro anos a “Lei Áurea”, o município de Itaqui libertou todos os seus escravos. Após muitos anos de trabalho de dedicados cidadãos, simpatizantes da causa abolicionista, esse sonho  transforma-se em realidade. O Governo  e o povo local, em grande confraternização, festejaram o acontecimento. Dá uma lista dos que se destacaram pela causa abolicionista, mencionando entre eles Amâncio Machado Palmeiro (p. 23).

X  em Porto Alegre a 19 de setembro de 1868 com sua prima Luiza Lara Palmeiro, * em Porto Alegre a 12 de novembro de 1847 e batizada a 24 de abril de 1848 e aí +  a 20 de março de 1918, com 50 anos, filha do major Luiz José da Fontoura Palmeiro e de Bernardina dos Santos Lara (cf. adiante, também a árvore de costados de sua mãe).





Duas fotos da casa em que residia em Itaqui no início do séc. XX Amâncio Machado Palmeiro. A referida casa, em ruínas, foi destruída nos anos 1960-70. Conforme informação do historiador itaquiense Paulo Corrêa dos Santos, estaria na esquina da Av. Independência com a Rua Dr. João Dubal Goulart, quase fronteira ao prédio da Secretaria de Educação. No local da casa hoje funciona a sede do grupo religioso  Seicho-No-Ie. Esta casa, conta a tradição oral, teria pertencido ao primeiro padre de Itaqui, cônego José Coriolano de Sousa Passos (+ 1873).











As três fotos acima nos foram fornecidas gentilmente pelo Prof. Paulo Corrêa dos Santos (parente dos Palmeiro, pois descendente também de Floriano Machado Fagundes), historiador de Itaqui. Devem datar de 1908. As duas primeiras mostram a casa de Amâncio Machado Palmeiro e a terceira, mais embaixo, é a da casa comercial da família Degrazia, que ficava na esquina, frente à casa de Amâncio Machado Palmeiro.
O Prof. Paulo Corrêa dos Santos esteve fazendo em 2011 uma pesquisa no Arquivo Público do Estado, em Porto Alegre, ali localizando o testamento do Padre José Coriolano de Sousa Passos. Ele deixa a seu filho, Israel (nascido antes da ordenação sacerdotal), entre outros bens, esta casa, localizada na esquina das ruas da Igreja e Sete de Setembro (hoje ruas Dr. João Goulart e Independência). Tal casa – diz o inventário -  tinha cinco janelas envidraçadas no lado oeste e três janelas no lado norte. Havia um grande portão de ferro no lado oeste e outro, também de ferro, no norte. O pátio era todo calçado. Havia ao redor do terreno muros altos de pedra e também um poço de balde.
Quando que esta casa passou para Amâncio Machado Palmeiro, ainda não sabemos.


Teve Amâncio Machado Palmeiro, com sua esposa, 17 filhos:



§ 1. Pedro Luiz Palmeiro (cf. adiante, § 1)
§ 2. Maria Leopoldina Palmeiro (Bibita) (cf. adiante, § 2)
§ 3. João, *  em Itaqui, onde + com 25 dias, em 1872.
§ 4. Luiz Acilino Palmeiro (cf. adiante, § 3)
§ 5. Eurico Lara Palmeiro (cf. adiante, § 4)
§ 6. Zaida Lara Palmeiro (cf. adiante, § 5)
§ 7. João, * em Itaqui em 1877, onde + em 1895.
§ 8. Antonieta Lara Palmeiro (cf. adiante, § 6)
§ 9. Manoel Lara Palmeiro (cf. adiante, § 7)
§ 10. Carlos Lara Palmeiro (cf. adiante, § 8)
§ 11. Fernando Lara Palmeiro (cf. adiante, § 9)
§ 12. Onfale Lara Palmeiro (cf. adiante, § 10)
§ 13.  Parmenio Lara Palmeiro (cf. adiante, § 11)
§ 14. Cinira Lara Palmeiro (cf. adiante § 12)
§ 15.Circe Lara Palmeiro, * em Itaqui a 22 de fevereiro de 1890, + em    
Porto Alegre em 1958. 
§ 16.Orivaldo Lara Palmeiro (cf. adiante, § 13)
§ 17.Odila, * em Itaqui a 22 de fevereiro de 1890. Faleceu solteira.


Fora do matrimônio - aliás,antes de casar - teve Amâncio Machado Palmeiro um filho, que reconheceu:
§ 18. Geraldo Palmeiro (cf. adiante, § 14)

§ 1. Pedro Luiz Palmeiro


Pedro Luiz Palmeiro * em Itaqui a 30 de janeiro de 1870 e + em Porto Alegre em 195?
X em Porto Alegre com Teodora Ávila (Teodorinha), *  em... a 1º de julho de 1874, + em Porto Alegre  a 9 de junho de 1956,  filha do conselheiro Henrique d´Avila (1831-1903) e de Faustina Neto e irmã do dr. Otávio d´Avila, marido de Onfale Lara Palmeiro, irmã de Pedro Luiz Palmeiro (cf. abaixo, § 10.) Henrique Francisco d'Ávila (* Herval, 31 de agosto de 1833 — + Porto Alegre, 5 de junho de 1903) foi um político gaúcho. Filho do estancieiro Antônio Francisco d'Ávila e de Ana Chagas d'Ávila, iniciou seus estudos no Rio Grande do Sul, seguindo depois para o Rio de Janeiro, onde estudou no Colégio Pedro II, depois bacharelando-se na Faculdade de Direito de São Paulo, em 1847. Regressou ao Rio Grande do Sul, fixando residência em Jaguarão, onde trabalhou como advogado.Filiado ao Partido Liberal, foi deputado provincial e geral, ministro da agricultura, presidente da província do Rio Grande do Sul, de 19 de abril de 1880 a 4 de março de 1881, também presidiu a província do Ceará, de 10 de julho a 11 de outubro de 1889, enquanto esta sofria com a seca. Nos últimos anos de sua vida colaborou com o Jornal do Commercio em Porto Alegre.

Cf. Wikipedia:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Henrique_Francisco_d'%C3%81vila, acessada a 11.2.2011.

Filhas:

1. Luiza (Lizoca) Palmeiro
 * em Itaqui, + em São Leopoldo? em 1978?.
    Solteira.
2. Faustina Palmeiro, * de Itaqui, onde faleceu.

Filha adotiva:
3.Marcinia Palmeiro
* em Porto Alegre a 30 de junho de 1906
 X com Armando Velho


§ 2. Maria Leopoldina (Bibita) Palmeiro


Maria Leopoldina (Bibita) Palmeiro
 *  em Porto Alegre  a 24 de maio de 1871, sendo batizada a 30 de novembro do mesmo ano, + em Itaqui
.
X em Porto Alegre com o capitão de fragata Joaquim Pinto Dias, * Rio de Janeiro a 23 de fevereiro de 1856, + em Rio Grande a 24 de agosto de 1908.

Joaquim Pinto Dias ficou aspirante a guarda marinha a 27 de novembro de 1874; segundo tenente a 28 de dezembro de 1876, primeiro tenente a 24 de dezembro de 1881; capitão tenente a 12 de julho de 1892 e capitão de fragata a 2 de março de 1901. Ele foi a Itaqui para comandar a guarnição local da Marinha. Ele X em primeiras núpcias em Itaqui com Márcia Leite, que morreu ao nascer o filho Joaquim Pinto Dias Júnior (ele vai ser criado pela segunda esposa do marido, Maria Leopoldina, e irá x em Calcutá, India, com uma jovem de família italiana (cf. GRG, p. 116).

12 filhos:

1. Ademar Palmeiro Pinto Dias, + criança.

2. Alayde Palmeiro Pinto Dias, + em Porto Alegre em 1967, solteira.
     Ela e as irmãs solteiras, Lulu, Miroca, Clori, moravam em Porto Alegre e eram um dos centros da familia (tios, primos), sendo sempre muito atenciosas e por isso queridas por todos. Salientaram-se sempre como doceiras nas festas familiares.

3. Anadia Palmeiro Pinto Dias, +  criança
4. Almerinda Palmeiro Pinto Dias, + criança
5. Luiza (Lulu) Palmeiro Pinto Dias,* no Rio de Janeiro, + em Porto Alegre em 1975, solteira.
6. Nelson Palmeiro Pinto Dias+ jovem em Itaqui.
7. Amâncio Palmeiro Pinto Dias (cf. adiante, 1.)
8. Zulmira (Miroca) Palmeiro Pinto Dias, + em Porto Alegre em 1964, solteira.
9. Luiz Palmeiro Pinto Dias (cf. adiante, 2.)
10. Argeo Palmeiro Pinto Dias (cf. adiante, 3.)
11. Yolanda Palmeiro Pinto Dias (cf. adiante, 4.)
12. Clory Palmeiro Pinto Dias, + em Curitiba em 1991, solteira


1. Amâncio Palmeiro Pinto Dias

 
Amâncio Palmeiro Pinto Dias
* em Itaqui a 3 de setembro de 1901, + em Porto Alegre a 20 de janeiro de 1985

Foi de Itaqui para Porto Alegre em 1938.  Foi diretor de escola em Itaqui e depois funcionário da Secretaria de Educação em Porto Alegre.

X  em Itaqui a 30 de julho de 1930 com Talvina Schenini Aranha, * em Itaqui a 28 de janeiro de 1914, + em Porto Alegre em 2003.
Filha de Sarjob Egydio de Souza Aranha e de Angelina Squenini; neta paterna do ten. Martim Egydio de Souza Aranha (1839-1884) e de Talvina do Amaral Nogueira; neta materna de João Squenini e de Catharina.... Martim Egydio era irmão mais moço do cel. Euclydes Egydio de Sousa Aranha, pai do importante estadista Oswaldo Aranha. Talvina portanto era prima irmã  de Oswaldo Aranha  e do dr. Luiz de Freitas Valle Aranha, casado com  Heloisa Palmeiro, prima irmã de Amâncio Pinto Dias (cf. adiante, II.2.4.2.). Talvina era irmã de Martim Aranha, por muitos anos vereador em Porto Alegre, e de Antonieta, esposa do dr. Cássio Annes Dias, médico em Porto Alegre.
Filhos:
1) Isis Aranha Pinto Dias (cf. adiante, 1.) )
2) Joaquim Silvio Aranha Pinto Dias (cf. adiante, 2.) )
3) Nelson Aranha Pinto Dias (cf. adiante, 3.)
4) Thereza Regina Aranha Pinto Dias (cf. adiante, 4.) )
5) Amâncio Aranha Pinto Dias (cf. adiant, 5.) )
6) Helena Maria Aranha Pinto Dias (cf. adiante, 6.) )
7) Roberto Aranha Pinto Dias (cf. adiante, 7.) )
8) Eduardo Aranha Pinto Dias (cf. adiante, 8.) )


1) Isis Aranha Pinto Dias


Isis Aranha Pinto Dias
* em Itaqui a 12 de agosto de 1931
X  em Porto Alegre com o Cel.Aviador Sebastião Eulálio de Oliveira Lima, * em ..., SP

Oficial da Aeronáutica. Engenheiro pelo Instituto Militar de Engenharia (1961). Residem em Brasilia.
Filhos:
(1) João André Pinto Dias Lima (cf. abaixo, (1))
(2) Maria Thereza Pinto Dias Lima (cf. abaixo, (2) )
(3) Marcelo Pinto Dias Lima (cf. abaixo, (3) )



(1) João André Pinto Dias Lima

João André Pinto Dias Lima

* em Porto Alegre a 29 de janeiro de 1957

Diplomata, é (2011) ministro de 2a classe, sendo cônsul adjunto no Consulado do Brasil em Chicago.

X Elza Maria da Costa e Silva. * no Rio de Janeiro a 10 de agosto de 1958
Filha do embaixador Alberto Vasconcellos da Costa e Silva (* 1931) e de Vera de Campos Queiroz (1931-2011). Alberto da Costa e Silva é um conhecido diplomata, poeta, ensaista, memorialista e historiador, membro da Academia Brasileira de Letras. A ele a Enciclopedia Wikipedia (acessada a8.4.2011) dedica um verbete, no qual diz notadamente:

É filho do poeta Antônio Francisco da Costa e Silva e de Creusa Fontenelle de Vasconcellos. Formado pelo Instituto Rio Branco (1957), serviu como diplomata em Lisboa, Caracas, Washington, Madri e Roma, antes de ser embaixador na Nigéria e no Benin, em Portugal, na Colômbia e no Paraguai. Foi eleito para a cadeira 9 da Academia Brasileira de Letras (2000). Foi presidente da entidade nos anos de 2002 e 2003. Em 2004 foi escolhido pela União Brasileira de Escritores (UBE) como o "Intelectual do Ano". Alberto da Costa e Silva é também acadêmico correspondente da Academia das Ciências de Lisboa.Sua esposa, Vera de Campos Queiroz foi tradutora premiada pela tradução de "O Mundo se Despedaça", de Chinua Achebe.
Obras do autor:
Como poeta:  O parque e outros poemas, 1953; O tecelão, 1962; Alberto da Costa e Silva carda, fia, doba e tece, 1962; Livro de linhagem, 1966; As linhas da mão, 1978 (Prêmio Luísa Cláudio de Souza, do Pen Club do Brasil); A roupa no estendal, o muro, os pombos, 1981; Consoada, 1993; Ao lado de Vera, 1997 (Prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro)
 Como historiador e africanólogo: A enxada e a lança: a África antes dos Portugueses. Edições 1992/96;  As relações entre o Brasil e a África Negra, de 1822 a 1° Guerra Mundial. Ed.1996; A manilha e o Libambo: A África e a Escravidao, de 1500 a 1700. Ed.2002; Um Rio Chamado Atlântico, 2003; Francisco Félix de Souza, Mercador de Escravos. Ed.2004
Como ensaísta: O vício da África e outros vícios, 1989;  Guimarães Rosa, poeta; Mestre Dezinho de Valença do Piauí, 1999; Castro Alves: um poeta sempre jovem, 2006
Como memorialista: Espelho do Príncipe, 1994.
Como organizador de antologias: Lendas do índio brasileiro , 1957, 1969, 1980 e 1992; A nova poesia brasileira, Lisboa, 1960; Poesia concreta, Lisboa, 1962; Da Costa e Silva, 1997;Poemas de amor de Luís Vaz de Camões, 1998; Antologia da poesia portuguesa contemporânea, com Alexei Bueno,1999; dirigiu e foi o principal redator da parte brasileira da Enciclopédia Internacional Focus, Lisboa, 1963-1968

Quanto a Antônio Francisco da Costa e Silva (Amarante, 1885Rio de Janeiro, 1950), foi poeta, a que também a Wikipedia dedica um verbete em que diz:
Começou a compor versos por volta de 1896, tendo seus primeiros poemas publicados em 1901. Todavia, seu primeiro livro de poesia, Sangue, somente foi lançado em 1908. Exerceu função pública na Presidência da República do Brasil, entre 1931 e 1945, a pedido do então presidente Getúlio Vargas. É o autor da letra do hino do Piauí.
Guilherme Luiz Leite Ribeiro (“Os bastidores da diplomacia, Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 2007, p. 50) disse que Costa e Silva era pavorosamente feio, o que influiu na sua carreira:"Nos tempos do barão do Rio Branco não havia concurso para ingressar na carreira diplomática, e a seleção era feita pessoalmente por ele, que conversava com os candidatos, em geral pessoas de família conhecida, de preferência bonitos e falassem línguas estrangeiras. Antônio Francisco da Costa e Silva, conversou com o barão sobre a possibilidade de ingresso na carreira, porém o chanceler foi taxativo: - Olha, o senhor é um homem inteligente, admiro-o como poeta, contudo não vou nomeá-lo porque o senhor é muito feio e não quero gente feia no Itamaraty..."

Filhos de João André Pinto Dias Lima e Elza Maria da Costa e Silva:

A. Antonio Pedro da Costa e Silva Lima
* Buenos Aires, 5 de dezembro de 1989
Estudante de Economia na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) (2011
B. João Marcelo da Costa e Silva Lima
* Caracas, 12 de junho de 1991
Estudante de Direito na Fundação Getúlio Vargas (2011)

C. Isabel da Costa e Silva Lima
*  Lisboa, 20 de janeiro de 1995


(2) Maria Thereza Pinto Dias Lima

Maria Thereza Pinto Dias Lima
* no Rio de Janeiro a 2 de abril de 1958
Reside em Brasília
X ... Martins (divórcio)
Reside em Bauru, SP.
Filhos:
A. João Eulálio  Lima Martins
* em Bauru a 30 de outubro de 1983
B. Maria Clara Lima Martins
* a 27 de fevereiro de 1985


(3) Marcelo Pinto Dias Lima

Marcelo Pinto Dias Lima
* no Rio de Janeiro a 12 de março de 1959
X (1) ...
X (2) civ.? com Vanessa Furtado de Almeida
Filhos (do 1º casamento):
A.  Leonardo de Carvalho Lima
* em Belo Horizonte? a 4 de março de 1989
B. Felipe de Carvalho Lima
* em Belo Horizonte? a 12 de maio de 1991


2) Joaquim Silvio Aranha Pinto Dias


Joaquim Silvio Aranha Pinto Dias
* em Itaqui a 29 de janeiro de 1933, + no Rio de Janeiro em 1998

Foi funcionário da CAEB?, empresa de energia elétrica ligada à Light. Solteiro.


3) Nelson Aranha Pinto Dias

Nelson Aranha Pinto Dias
* em Itaqui a 2 de junho de 1935

Economista, funcionário da IBM (aposentado). Mora no Rio de Janeiro
X no Rio de Janeiro a 6 de setembro de 1963 com Vanda Raposo, * em Caçapava, SP, a 24 de junho de 1938, filha do general ... (lutou na Segunda Guerra Mundial, integrando a FEB)
Filhos:
(1) Cristiana Raposo Pinto Dias (cf. adiante, (1) )
(2) Clóvis Raposo Pinto Dias (cf. adiante, (2) )
(3) Renata Raposo Pinto Dias (cf. adiante, (3) )

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